08 julho 2008

À décima é pró Palácio da Presidência!




Um ano, seis meses e oito dias de Cabo Verde (tirando um mês e meio que totalizam o meu tempo de férias em Portugal) já conto com cinco mudanças em cima. Só este ano foram quatro casas e, como costumo dizer, aquilo que chamo de lar não é o espaço físico onde estou mas sim as minhas coisinhas e traquitanas que me proliferam pela vida e contam a minha história.

Pela Cidade da Praia já passei pelo Palmarejo, Descida do Lavadouro, Fazenda, Ponta Belém e agora Plateau, rua 5 de Julho (faz aqui lembrar a observação do Tide – mudei-me para a 5 de Julho, no dia 5 Julho. Algumas conclusões a tirar?). Cada mudança envolveu uma peripécia, ao bom estilo comédia trágica, como tudo o que acontece na minha vida.

Do Palmarejo saí porque detesto a zona e a minha rua, na altura, não era propícia para uma menina sozinha viver (só depois de sair é que soube que por lá se "passavam" coisas duvidosas). Depois fui para a casa do jardim, linda e cheia de luz, um paraíso na Praia até ter sido assaltada com retoques de calculismo e estudo de vida (trauma dos telemóveis, deixo-os em casa para não mos roubarem mas nem assim…).

Rumei à Fazenda, recurso de emergência, a casa até era agradável. Menos positivo eram os orgasmos barulhentos da minha vizinha de cima às 5 horas da manhã e que me acordavam a meio da noite. Isto para não falar do bar no andar de baixo que funcionava até os orgasmos começarem e que também não primava pela tranquilidade.

De um dia para o outro, mudei para Ponta Belém, zona do Plateau, onde desde o dia em que cheguei à Praia queria morar… Seria este o início da realização de algo que eu queria mesmo muito? Não. A casinha é linda, mas como a Ana disse – e bem – é um engodo. Uma semana de “acho que assentei de vez e finalmente vou morar num local que gosto” e lá apareceu a besta implacável que atormentou os meus dias e, pior ainda, as minhas noites. Equipa de desparatização na área, férias em Portugal a pensar no assunto (sempre a questionar-me se quando chegasse à Praia o “Stuart” não ia estar a morar na minha casa com a sua família), rede caríssima de fio de arame não chegaram para neutralizar os meus medos. Resultado? Noites sem dormir, ansiedade constante e rejeição tal à casa que lá não conseguia ficar dentro dela mais de 30 minutos.

Até que a Ana deixa a sua casinha de sempre na rua 5 de Julho e, tal como, mais uma vez sabiamente, diz, fui “trocar uns problemas por outros. Mas como estes são novos, talvez me pareçam mais fáceis de lidar”. Agora sinto-me bem, até as próximas chuvas porem à prova as obras que a senhoria anda a fazer no telhado. É bem possível que um dia destes encontre uma tropical cachoeira na época das chuvas, mas animaizinhos com nomes começados por R, isso garantiram-me que é pouco provável.

Não vou lançar foguetes só porque agora estou bem. Não vá o Diabo tecê-las, como adora fazer comigo, e tenha eu encontrado uma “bela” que daqui a uma semana vira “monstro”. Porque mudar mais uma vez é bem possível. E já disse, por este andar, à décima é pró Palácio da Presidência!

2 comentários:

Anónimo disse...

Acho que mudares a 5 de Julho para a 5 de Julho pode ser o início da tua revolução, fofinha, espero bem que sim... muito boa sorte! Temos que ir lá todos benzê-la com uma strella talvez! Beijão!

gicas disse...

Tu es o maximo. Agora pergunto-te se será para sempre esta casa? ...e se tiver baratas, formigas ou ninjas??..heheheh...
Boa sorte para o teu novo lar!!!!!

Bjocas
a mi é dodu na bo!!!