23 julho 2007

Parabéns Bruno!!!!

Amigo!

Parabéns pelos teus super 23 aninhos! Não sei se sabes mas fazes 23 anos no dia 23, por isso, segundo as tradições vimaranenses (não sei também se no resto do país) tens que partir uma travessa ou algo parecido para te dar sorte. Sei que não és muito destas coisas, mas não vá o diabo tecê-las, o melhor é mesmo assaltares os armários da cozinha da tua mãe e trucidores essa peça de loiça antes que a vida te trucide a ti.

Apesar de estar a viver uma aventura que já criou a sua rotina, não há um único dia que passe que não pense em vocês, na minha terra, em ti e em todos. Tenho mesmo muitas saudades vossas e há dias em que a única coisa que queria era uma noite com um jantar no terraço da minha casa (com arroz de salsichas, sem cebola pra ti, como é óbvio), depois lusitano, tendinha e quem sabe pequeno-almoço naquela pastelaria perto do JN. Ou então uma noite de queima maluca, ou simplesmente uma maratona de filmes em casa.

Tenho saudades de rir nos nossos jantares de segunda à noite, de deambular pelas ruas do Porto sem destino onde tu matraqueavas sem parar e nós nem tínhamos que abrir a boca porque fazias os diálogos/monólogos sózinho. Tenho saudades das nossas trocas de gelo, dos olhares chocados que "divertidamente" provocávamos. Saudades de dançar como uma maluca, como se não houvesse amanhã ao som dos Prodigy na nossa tendinha. Saudades das nossas maluqueiras em Guimarães, do Pinheiro, das lágrimas, dos risos, de tudo...

Tenho saudades daquela tarde em que nos despedimos no farol e levei uma injecção de amor tão grande e o coração saiu reconfortado de certezas. É agarrada a essas recordações que olho o futuro com o sorriso nos lábios, porque sei que no dia em que regressar me espera o calor da tua amizade. Adoro-te, amigo, e desejo para ti toda a felicidade que tu mereces por teres uma alma tão grande.

PARABÉNS (hoje seria daqueles dias em que me teletransportava para o Porto e teriamos uma noite à nossa maneira...)!!!!!

Adoro-te,

Catarina

A Paranóia da Fraude

(Artigo de opinião publicado no Cifrão de 20.07.07)

A paranóia da fraude tomou conta da CV Móvel e isso reflecte-se no dia-a-dia dos seus clientes, que, desafortunados, não têm outra operadora à qual recorrer quando estão insatisfeitos com os serviços prestados.

Tudo começou em Março deste ano quando uns quantos espertinhos decidiram defraudar uma das maiores empresas cabo-verdianas. A CV Móvel não gostou nada da brincadeira (que alguns na altura chamaram de “justiça popular” por fazer com que a empresa pagasse pelos preços escandalosos que pratica) e apertou a segurança das operações.

A fraude provocou uma baixa de quatro mil contos nos cofres da CV Móvel mas quem paga agora a factura é a paciência dos utentes. Meses depois ainda há caixas da Rede24 que emitem dos cupões antigos. Resultado? Números de série inválidos, que obrigam o cliente a deslocar-se a um posto da CV Móvel para resolver o problema. E ainda por cima são exigentes, porque a questão não pode ser solucionada numa loja qualquer mas sim na sede da empresa, que no caso da Praia, fica na Várzea.

Chegando lá, tem que se fazer uma cópia do mal fadado cupão, mandá-la por fax, depois ela é verificada pelo SISP e, detectada a eventual fraude ou não, emite-se um novo número de série para ser carregado no cartão do cliente. Isto acontece, se entretanto, o utente não tiver que se deslocar à sede da empresa outra vez, no dia seguinte, para reclamar que afinal ainda não recebeu o dinheiro porque o fax que mandaram para o SISP estava irreconhecível. A saga termina quando uma voz simpática telefona e questiona se pode fazer o carregamento (ainda pergunta?). Minutos mais tarde lá recebe a desejada mensagem a avisar da recarga efectuada.

Horas e horas perdidas por causa de 1000 escudos e a desculpa adivinha-se: “é por causa da tal fraude que aconteceu há uns meses”. A CV Móvel esquece-se de uma das regras de ouro do mundo dos negócios - tempo é dinheiro. E o cliente, que tem sempre mais o que fazer à vida do que perder tempo com as paranóias da CV Móvel, efectua os seus cálculos: ou bem desperdiça umas horas para solucionar uma questão de mil escudos ou então esquece o caso, porque não tem disponibilidade para o resolver e o dinheiro fica a arder na conta bancária.

Mas este “saque” ao bolso dos clientes - se nos guiarmos sempre pelo princípio que tempo é dinheiro - não fica por aqui. Dou o exemplo de um estrangeiro que chega a Cabo Verde e quer fazer um contrato. “Processo simples”, pensa ele, pois vem de um sítio onde os cartões de telemóvel compram-se nos quiosques e não há papeladas nem burocracias nessa aquisição. Mas, afinal, não. Tem que assinar uma série de papeis, mostrar o passaporte, enfrentar uma fila interminável para fazer o contrato, outra igualmente longa para pagar esse contrato e, extenuado, finalmente consegue o número de telemóvel cabo-verdiano. Pergunta porquê e respondem-lhe: “é por causa de uma fraude que aconteceu há uns meses”.

Nesta altura, já nem se quer lembrar dos preços do serviço móvel praticados no estrangeiro. Para além da conta do telemóvel ser bem mais leve no final do mês, lembra com saudade a variedade de tarifários, em que havia sempre um adequado às suas necessidades. Recorda, nostálgico, que quando não estava satisfeito com a sua operadora, sempre havia outra que lhe piscava o olho e seduzia-o com um serviço melhor. E é aqui que suspira: “Ai, a falta que a concorrência faz!”.

Por: Catarina Abreu

19 julho 2007

Hoje sonhei com a minha Santiago

Hoje sonhei com aquela Santiago que me fez apaixonar pelo nome. Já lá não vou há mais de dois anos. Com este sonho apertaram ainda mais as saudades e já prometi a mim mesma que quando for a Portugal em Dezembro tenho mesmo que dar lá um salto: quero sujar a camisola no Porron, dançar como uma louca no Avante (e voltar a babar pelo dono...), passear na Alameda e no Bonaval, ouvir música nas Crechas. Quero dar cabeçadas na coluna dos desejos, deitar-me no chão na praça e ver a catedral ao contrário, cumprimentar o professor de Libros de Estilo e apanhar muita chuva até ter um Nemo num pé a procurar o pai no outro...

Quero, enfim, voltar a ser feliz na terra onde fui mais genuinamente feliz. Onde não havia lugar para tristezas nem preocupações, o ano mais leve e descontraído da minha vida!

Saudades da minha Santiago...

Eu no computador pixinguinha

Aqui estou no computador pixinguinha da Sílvia a alinhavar ideias para um texto de opinião sobre a CV móvel, essa empresa que deixa qualquer um com os nervos em franja. Como o jornal só sai amanhã, prometo nessa altura publicar aqui esse texto. Quero aqui aproveitar para dizer que A Semana é como a casa de uma grande família: muita confusão, muita discussõ, mas também muito "apoia companheiro" e risadas. Simplesmente ADORO o meu local de trabalho!!!

Momentos II

Outro momento muito bonito nesta minha estadia foi o Baby Shower da Sílvia (que umas semanas mais tarde teve essa criança linda que é a Luna). Muita festa e muita paródia, como não poderia deixar de ser. Aqui estou eu, Dany e Sílvia.

Quando eu quero verde...

Tenho saudades de sítios verdes. Cabo Verde tem no seu nome aquilo que não tem na sua terra: verde. Mas há excepções, a Cidade Velha. É para aqui que fujo quando as saudades dessa cor tão fresquinha e tranquila me assalta.

Momentos I

Estes seis meses e tal de Cabo Verde foram um acumular de momentos lindos, com gente espectacular. Tardes de domingo bem passadas com os amigos, aqueles dias em que as saudades de casa batem mais fundo e só precisamos de uma família que nos adopte. Este foi um desses momentos aqui representado pela Bárbara, mais conhecida por Badia di Minho, ao colo do seu papi, Baka.

09 julho 2007

Seis meses de Cabo Verde e uma palhota nova...

Hoje, dia 9 de Julho de 2007, faz seis meses que estou em Cabo Verde, terra sabi, onde vivi e vivo muito intensamente. Um pouco de tudo me aconteceu nos últimos tempos, num curso intensivo de vida. Tudo aqui é vivido numa vertigem, sempre intenso, para o bom e para o mau. Ao contrário do costume cabo-verdiano, nada aqui é "mais ou menos", mas tudo "rei di bom" ou muito mau. Mas o balanço é ultra mega positivo.

Estou feliz, muito feliz.

Olho para trás, olho para o meu presente e vejo que sou uma previligiada por ter esta oportunidade. E hoje tudo me parece melhor, sobretudo porque encontrei, finalmente, o meu PARAÍSO na Praia. Tenho uma nova palhota linda, que vocês, que, infelizmente, não poderão conhecer nem iam acreditar. Tem um jardim lindo (que dá romãs, tomates, babosa), umas portadas estilo árabe, água sempre a correr e um quartinho de vestir estilo "sexo e a cidade". Uma maravilha mesmo!! Li em algum lado que o nosso lar tinha que ser o nosso refúgio, eu, finalmente, encontrei o meu.

Repito, livre e sem complexos: Estou feliz, muito feliz!!!!

05 julho 2007

Festa di Chapeu di Padja

O ambiente da Festa foi lindo e mágico: a Praia da Baía das Gatas, com os archotes de fogo, toda a gente vestida de branco com o respectivo chapéu di padja. A música correspondia com o ambiente, com a voz divinal da Diva Ramos. Uma ocasião que ficará para sempre nas minhas melhores recordações de Cabo Verde.



Eu com o chapéu di padja.



Eu e a Cláudia, a semaninha do meu coração.









As minhas meninas da Semaninha (suplemento infanto-juvenil d'A Semana)e as meninas das Batucadeiras (que bem tentaram ensinar-me a da ku torno, sem muito sucesso, coitadinhas...)



Eu e o Nató (compositor d'A Semana)



Eu, Lília (a nossa brasileirinha) e Sílvia.



A big boss Filomena Silva!



Jaiminho (o meu irmão mais velho adoptivo!) e Nató



Nató e o José Vicente Lopes











O ambiente descontraído mas nem por isso menos glamoroso marcou a Festa!!!



Eu no carro, a festa acabou, mas a noite era ainda uma criança!!!!!

Momentos durante o Fórum...



Eu e Dani, antes das belas 20 horas de barco que nos separaram da Praia a São Vicente!!!



A Luna e a sua mamã Sílvia, com os belos chapeus di padja!



Luna e a sua super mami.




No "day after" do Fórum, A Semana juntou-se para fazer uma visita à ilha imponente de Santo Antão.



Eu no Trapiche mais antigo de Santo Antão, no Paul. Conta a lenda que este singular alambique foi lá ter por milagre de um dia para o outro. Dados os efeitos desse nectar crioulo, terá sido obra de Deus ou do Diabo?



Não fui só eu que achei piada ao trapiche e ao grogue comercializado em garragas recicladas de Sagres e Super Bock, mas devidamente rotuladas em inglês!!!




Na recepção ao nosso almoço 100% crioulo, estava um grupo de dança que nos brindaram com as belas mazurcas e kola san jon!

Fórum A Semana em São Vicente

A Semana juntou em São Vicente as autoridades do país para discutirem o "Onde estamos, para onde vamos?" de Cabo Verde. Foram dias proveitosos e ricos, principalmente para alguém como eu que tenho tanto que aprender sobre este país. Foram dias que conjugaram muita paródia mas também muito trabalho. Mas como eu gosto sempre de ver as coisas pelo "bright side", as fotos que publico são quase todas elas de festa bedju!!!!

04 julho 2007

A minha irmã em Cabo Verde!!!!!



Grande novidade - a minha irmã vem a Cabo Verde em Setembro!!! Estou mesmo muito feliz porque o grande cretcheu da minha vida, ser do qual eu tinha mais saudades, vem cá visitar-me e passar sabi comigo. A paródia vai ser muita e vão ser três semanas de "festa bedju":)