13 julho 2010

Pearl Jam

Foto: Eduardo Brito (Optimus Alive, 10 de Julho de 2010)

Realizei um sonho. E mais não consigo dizer. É que faltam-me mesmo as palavras...


Estes são os factos:

Oh I, ohh, I'm still alive
«Além de várias referências (verbais e em temas, início com Release Me, incluírem Smile) a Cascais/1996, quando começou a forte relação entre os PJ e fãs portugueses, à quinta música Eddie Vedder leu um texto em português onde anunciou ser aquele o «último concerto» da banda, «não para sempre, mas por muito tempo».
Lançado o fantasma do fim ou pelo menos pausa da banda - e sendo visível o cansaço sobretudo de Eddie (McCready arrasou), no último concerto da tour, já nada tirou a tónica melancólica de um espectáculo já de si nostálgico - Ten foi o disco mais tocado e tudo pareceu um firmar do amor de Eddie a Portugal: ao surf, às ondas que pediu que apanhássemos por ele, ao público, o que «melhor canta» e sobre o qual diz «não ter como mostrar como o fazem sentir» e ao país, sobre o qual completou uma canção iniciada em 96, quando todos gritavam 'Portugal' e que agora tem letra completa, com promessas de vir cá morar.
Portugal deu aos PJ um festival com nome de um tema e a expressão reiterada de uma admiração digna de ídolos de uma geração. Os Pearl Jam sempre retribuíram e isso, com ou sem pausa, já ninguém nos tira."

Por Patrícia Naves, no Destak



"Talvez em jeito de despedida, Eddie Vedder e companheiros entraram com “Release”, a última faixa de “Ten”, que durante anos abriu os concertos do grupo.
A cumplicidade dos Pearl Jam com Portugal ficou mais uma vez evidente, com Eddie Vedder a elogiar constantemente as capacidades vocais dos mais de 40 mil presentes. “Portugal é o melhor país do mundo para encerrar digressões”, disse antes de abandonar o palco, depois de dois encores, com a bandeira nacional às costas.
Antes disso, a banda de Seattle desfiou um alinhamento que visitou vários momentos da carreira do grupo, optando por músicas pouco previsíveis como “Smile”, “Glorified G”, “Why Go”, “Once”, e recuperando até um improviso feito no concerto do Restelo, em 2002 com “Portugal, Portugal” como refrão. Para memória futura ficam os dois encores cantados em uníssono, com o refrão de “Betterman” repetido até à exaustão, e o fim da noite com “Alive” e “Yellow Leadbetter”.

por André Brito

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