19 julho 2010

Thank you for being our home, when we are away from home


Foto: Sara Sampaio (Marés Vivas, 17 de Julho de 2010)

Marés Vivas: Ben Harper, o rei do festival
Por Pedro Andrade - jpn@icicom.up.pt

Em noite de casa cheia, Ben Harper protagoniza um dos momentos altos de todo o Marés Vivas. Com um cartaz consistente, o concerto dos Editors acaba por desiludir o público no último dia do festival gaiense.

Depois de uma segunda noite praticamente esgotada, a praia do Cabedelo pareceu pequenapequena [Ver] para receber todos os que rumaram até ao Marés Vivas na última noite do festival. Com um cartaz apetecível, era grande a afluência ao final da tarde, fazendo prever a maior enchente da oitava edição do evento.

Quando Ben Harper subiu ao palco, sorridente e a acenar ao público, era praticamente impossível circular pelo recinto. Com um atraso de 15 minutos, o público respondeu efusivamente logo no início do espectáculo, ao cantarem em uníssono um dos grandes temas do cantor californiano, "Diamonds On The Inside". Na bagagem, Ben HarperBen Harper [Ver] traz o disco de 2009, "White Lies for Dark Times", que explora a vertente rockeira do artista.

Energético e bem disposto, Ben Harper fez questão de lembrar o público do "local fantástico" onde se realiza o festival. Numa actuação pautada pelo som da guitarra e pelas jam sessions, o cantor de Claremont tocou "Billie Jean", de Michael Jackson, antes de fazer o público vibrar com o tema "Better Ways".

Acompanhado pelos Rentless7, Ben Harper não termina o concerto sem antes voltar ao mais recente trabalho para tocar o tema "Up To You Now". Com direito a dois encores, o público não arredou pé do recinto e aplaudiu energicamente o artista que fechou em grande, depois de 2h20 de espectáculo, a oitava edição do Marés Vivas. No final, Ben Harper teve ainda tempo para apresentar os Rentless7 e agradecer todo o carinho do público.

14 julho 2010

Ó FLÁÁÁÁÁÁÁÁÁVIO!!!!!!

Procura-se:

Rapaz entre os 20 e os 25 anos, com uma t-shirt dos Pearl Jam e com uma camisa de xadrez de flanela verde.

Fez a linha Cais do Sodré-Algés, no dia 10 de Julho, entre as 18h e as 19h, com quatro raparigas de Guimarães, que falavam pelos cotovelos e tinham assim um ar meio perdido. Ah! E que têm uma solidariedade particular com focas.

O Flávio tem um sobrinho, mora em Sintra e mais não sabemos a não ser que deve ser mesmo muito boa pessoa (só pode, porque não foi a um concerto de Alice in Chains para tomar conta do sobrinho, ajudou-nos a "contornar" filas abismais para ir para Algés sem nos conhecer de lado nenhum e, obviamente, porque gosta de Pearl Jam).

Perdemo-nos dele na entrada para o Alive e gostávamos mesmo (nós, as quatro raparigas de Guimarães, que falavam pelos cotovelos e tinham assim um ar meio perdido) de lhe agradecer.

Ah! E esperamos do fundo da nossa alma festivaleira que tenha ficado bem lá à frente enquanto que o Eddie Vedder bebia uma garrafa de vinho (um maduro alentejano, aposto), desfilava com a bandeira de Portugal nas costas e emocionava 45 mil pessoas com afagos de espírito (outro nome que se dá às músicas dos Pearl Jam).

Bem gritamos a noite toda pelo FLÁÁÁÁÁÁÁÁÁVIO, mas não resultou. Ainda acredito que foi porque não pedimos o megafone emprestado aos Homens da Luta.

Flávio, se algum dia leres esta mensagem, é só mesmo para te dizer OBRIGADA!

Nós & Falâncio

Homens da Luta @ Optimus Alive 2010 (10 de Julho)
E o povo, pá?

13 julho 2010

Pearl Jam

Foto: Eduardo Brito (Optimus Alive, 10 de Julho de 2010)

Realizei um sonho. E mais não consigo dizer. É que faltam-me mesmo as palavras...


Estes são os factos:

Oh I, ohh, I'm still alive
«Além de várias referências (verbais e em temas, início com Release Me, incluírem Smile) a Cascais/1996, quando começou a forte relação entre os PJ e fãs portugueses, à quinta música Eddie Vedder leu um texto em português onde anunciou ser aquele o «último concerto» da banda, «não para sempre, mas por muito tempo».
Lançado o fantasma do fim ou pelo menos pausa da banda - e sendo visível o cansaço sobretudo de Eddie (McCready arrasou), no último concerto da tour, já nada tirou a tónica melancólica de um espectáculo já de si nostálgico - Ten foi o disco mais tocado e tudo pareceu um firmar do amor de Eddie a Portugal: ao surf, às ondas que pediu que apanhássemos por ele, ao público, o que «melhor canta» e sobre o qual diz «não ter como mostrar como o fazem sentir» e ao país, sobre o qual completou uma canção iniciada em 96, quando todos gritavam 'Portugal' e que agora tem letra completa, com promessas de vir cá morar.
Portugal deu aos PJ um festival com nome de um tema e a expressão reiterada de uma admiração digna de ídolos de uma geração. Os Pearl Jam sempre retribuíram e isso, com ou sem pausa, já ninguém nos tira."

Por Patrícia Naves, no Destak



"Talvez em jeito de despedida, Eddie Vedder e companheiros entraram com “Release”, a última faixa de “Ten”, que durante anos abriu os concertos do grupo.
A cumplicidade dos Pearl Jam com Portugal ficou mais uma vez evidente, com Eddie Vedder a elogiar constantemente as capacidades vocais dos mais de 40 mil presentes. “Portugal é o melhor país do mundo para encerrar digressões”, disse antes de abandonar o palco, depois de dois encores, com a bandeira nacional às costas.
Antes disso, a banda de Seattle desfiou um alinhamento que visitou vários momentos da carreira do grupo, optando por músicas pouco previsíveis como “Smile”, “Glorified G”, “Why Go”, “Once”, e recuperando até um improviso feito no concerto do Restelo, em 2002 com “Portugal, Portugal” como refrão. Para memória futura ficam os dois encores cantados em uníssono, com o refrão de “Betterman” repetido até à exaustão, e o fim da noite com “Alive” e “Yellow Leadbetter”.

por André Brito

12 julho 2010

Sintonizando o crioulo

Muito poderia eu dizer deste primeiro ano de "separaçon", do tempo em que estou longe, desde que deixei Cabo Verde (o momento da partida infinitas vezes experimentada por esse Cabo Verde, tantas quantas famílias há para contar nos "dez grãozinhos de terra").

Mas acho que tudo se resume ao meu ouvido. Pela rua, em discotecas, nos shoppings, em concertos: o meu ouvido está sempre sintonizado na frequência do crioulo, ávido de ouvir só mais um bocadinho da língua também mãe - muito mais mãe que madrasta!

E assim ando, há um ano. Existem aqueles que precisam dos cheiros da terra, de imagens, de "pé di badju". Eu só quero mesmo ouvir, escutar crioulo que me transporta de volta ao interior verde seco de Santiago, às ruas do Mindelo e à minha Rua 5 de Julho...

(4 de Julho de 2010 - Um ano)

05 julho 2010

O que (n)os move?

Fé, desespero, angústia, superação pessoal e promessas.
Histórias de vida, experiência, descoberta e a primeira vez.
Mundos diferentes misturados num destino.
Peregrinos e "caminhantes" partilham o mesmo trilho.
Lágrimas, alegria e exaustão. No final, a letargia.


3/4 de Julho de 2010, Guimarães - São Bento da Porta Aberta (48 quilómetros, cerca de 10 horas de caminho)

Natiruts@Guimarães



(dia 30 de Junho, 2010)

"A energia vem do coração e a alma não se entrega, não!"