28 novembro 2008

Raça & Competência


Escher (@ educ.fc.ul.pt)


Porquê o espanto se um asiático ganhar uma eleição na Etiópia? Ou um europeu no Equador? Ou um latino na França? Ou um africano nos EUA? Por que é que a raça é pré-requisito de competência?

Espantem-se! O presidente dos Estados Unidos é afro-americano. Ou africano. Ou americano. Não sei. Isso interessa, mesmo?

Alvíssaras! A América elegeu um timoneiro negro e incomoda-me tanto alarido. É que não me queria espantar, não queria ver este espanto global. Gostava que a primeira característica, que os jornais dão à estampa depois da sua eleição, fosse outra coisa que não a sua raça. Se McCain tivesse vencido, ler-se-ia pela imprensa mundial “Branco ganha eleições norte-americanas”? Não, pois não?

Só no dia em que a raça for indiferente à eleição de uma PESSOA para determinada função é que viveremos realmente em equidade. Quando ser preto, branco, azul ou amarelo deixar de ser um carimbo e um pró ou contra de qualquer avaliação.

É que isso irrita-me, chateou-me este tempo todo em que o mundo andou em histeria global. Como se a raça de uma PESSOA fosse determinante para a qualidade do desempenho do seu trabalho. É, faz-me espécie!


Não seria boa ideia destruirmos esta Babel mental que está dentro de todos nós?

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