07 fevereiro 2011

26 anos

Soprar velas traz-me mais pensamentos avaliadores do último ano do que propriamente o histerismo do reveillon. Penso em 2010.

Amor. Apareceu-me do nada, como tudo o que é melhor na vida, veio naturalmente sem ansiedades, sem medos, sem inseguranças, amor puro e simples, transformando-se em tudo o que sempre sonhei para mim.

Margarida. A nossa primeira menina, luz de vida, esperança num mundo maior. Quando ri e nos toca com as mãozinhas muito pequeninas faz apagar tudo e tudo renasce imaculado. É conforto, é confiança, é felicidade. Faz-nos querer ser melhores por ela e para ela.

Casamento. A consagração do amor de duas pessoas é sublime para o par e para quem com eles partilha esse momento, o momento. Felicidade por quem tem tudo o que merece. O brilho do vestido, o sorriso emocionado, os dedos sinceramente entrelaçados, o caminhar pelo vermelho-alegria. Tudo tão belo, tudo tão imaculadamente belo.

Dança. Foi um ano de paixões, ou melhor de descoberta de paixões, daquelas que arrebatam e absorvem, que sugam energias e forças, que frustram e nos disparam como cometas. A fixação em cada movimento do pé: o som seco do arraste do pé no chão de madeira, o subtil roçar dos calcanhares, a elegância do cetim, as cabeças encontradas, as mãos que queimam o olhar, numa intimidade distante. Eu descobri o tango.

Música. Não posso deixar de olhar para o calendário e ver que cada mês teve o seu concerto ou festival: Skunk Anansie, Nouvelle Vague, Festi Angola 2010, Bem Harper, Bons Sons, Avante, Andanças, Paulo Flores, Moonspell, Mariza, Mayra Andrade e o maior dos maiores: Pearl Jam!

(Escrito aos 20 de Dezembro de 2010, meio feito à sorte e às vezes fugindo ao propósito da coisa, sem qualquer ordem de importância porque tudo é mais)

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