27 fevereiro 2008

AQUELE ar parvo...

Só para anunciar que hoje estou com AQUELE ar parvo... O que vale é que daqui a uns dias isto passa!

21 fevereiro 2008

Canção do Beijinho

E como estamos numa onda de poemas de amor está aqui um lindo, com a prestativa colaboração da Silvi!

Canção do Beijinho

Ai rapariga, rapariga, rapariga
Que só dizes disparates, disparates, disparates
E tanta asneira, tanta asneira, tanta asneira
Que para tirar tanta asneira não chegam 100 alicates
Mas tu não sabes, tu não sabes, tu não sabes
Que isso de dar um beijinho já é um costume antigo
Quem te disse, quem te disse, quem te disse
Que lá por dares um beijinho tinhas de casar comigo.

- Ó chega cá.
- Não vou.
- Tu és tão linda.
- Pois sou.
- Dá-me um beijinho.
- Não dou.

Interesseirea, convencida, ignorante, foragida, sua
burra,
És a miúda mais palerma, camelóide que eu já vi

Mas porque raio é que tu queres os beijinhos s´para
ti.

Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um beijinho.

Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um beijinho.

Ai rapariga, rapariga, rapariga
Dás-me cabo do miolo para te levar com cantigas
Ai mas que coisa, mas que coisa, mas que coisa
Diz lá porque é que tu não és como as outras
raparigas
Quando eu pergunto se elas me dão um beijinho
Dão- me tantos, tantos, tantos que parecem não ter
fim
E tu agora estás com tanta esquisitice
Que qualquer dia já queres e não sabes mais de mim.

- Dás ou não dás?
- Não, não.
- Então dou eu.
- Isso não
- Dá-me um beijinho.
- Não dou não.

Diz lá porquê, sua esganada, egoísta, mal-criada
Sua parva, só se pensas que eu acaso tenho a barba mal
cortada

E vê lá se tens receio que a boca fique arranhada.

Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um beijinho.

Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um beijinho.

- Então vá lá.
- Já disse.
- Eu faço força.
- Que parvoíce
- Dá-me um beijinho.
- Que chatice.

Analfarruta, pestilenta, hipocondriaca, avarenta,
bexigosa
Vou comprar um dicionário que só tenha nomes feios
Que é para eu tos chamar todos até tu teres os ouvidos
cheios.


Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um beijinho.

Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um beijinho.


Por: Carlos Paião

O meu amor existe

Cara Helena, puseste aquele comentário no meu blog, mas nao deixaste nenhum contacto para te dar um retorno. Por isso, deixo-te aqui esse poema sublime de amor e realço que o teu post foi uma bela intromissão-surpresa :)

PS - Espero que na sexta girtes mais do que uma vez GOLOOOOOO!!!!

"O meu amor tem lábios de silêncio
E mão de bailarina
E voa como o vento
E abraça-me onde a solidão termina

O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dela
Que nasce quando a seu lado eu me deito

O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Separou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura

O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes, ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe"

Por: Jorge Palma

14 fevereiro 2008

L'Amour!


in Público

Hoje celebra-se o amor. Como já comentei por aí, sou manifestamente contra o boicote de dias em que se festeja uma coisa tão bonita como o amor. Não só particularmente fã da ocasião, mas também não gosto de discursos ressabiados.

Assim, deixo aqui a minha contribuição sobre o amor.

Texto jornalístico: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1319626&idCanal=62

Canções de amor: "Estrela do Mar", por Jorge Palma (http://www.youtube.com/watch?v=NBvsiX6mY-I)

"Numa noite em que o céu tinha um brilho mais forte
E em que o sono parecia disposto a não vir
Fui estender-me na praia, sózinho, ao relento
E ali longe do tempo, acabei por dormir

Acordei com o toque suave de um beijo
E uma cara sardenta encheu-me o olhar
Ainda meio a sonhar perguntei-lhe quem era
Ela riu-se e disse baixinho: estrela do mar

"Sou a estrela do mar só a ele obedeço
Só ele me conhece, só ele sabe quem sou
No princípio e no fim
Só a ele sou fiel e é ele quem me protege
Quando alguém quer à força
Ser dono de mim..."

Não sei se era maior o desejo ou o espanto
Só sei que por instantes deixei de pensar
Uma chama invisível incendiou-me o peito
Qualquer coisa impossível fez-me acreditar

Em silêncio trocámos segredos e abraços
Inscrevemos no espaço um novo alfabeto
Já passaram mil anos sobre o nosso encontro
Mas mil anos são pouco ou nada para estrela do mar

"Estrela do mar
Só a ele obedeço
Só ele me conhece, só ele sabe quem sou
No princípio e no fim
Só a ele sou fiel e é ele quem me protege
Quando alguém quer à força
Ser dono de mim..."


"Dos gardenias", por Buena Vista Social Club (http://www.youtube.com/watch?v=Wmfa2XznVic)

"Dos gardenias para ti
con ellas quiero decir
te quiero, te adoro, mi vida.
Ponles toda tu atencion
porque son tu corazon y el mio.

Dos gardenias para ti
que tendran todo el calor de un beso
de esos que te di
y que jamas encontraras
en el calor de otro querer.

A tu lado viviran y te hablaran
como cuando estas conmigo
y hasta creeras
que te diran te quiero.

Pero si un atardecer
las gardenias de mi amor se mueren
es porque han adivinado
que tu amor se ha marchitado
porque existe otro querer".


Filmes: Moulin Rouge



Um longo domingo de noivado



Leitura: "O amor em tempos de cólera"



E VIVA O AMOR!!!!!

11 fevereiro 2008

Vida-caixinha-de-surpresas



É só para aqui realçar que esta nossa vida é uma surpresa. Tantas são as coisas nestes dias que têm acontecido que pensei “Comigo, nunca!”. Surpresas boas, surpresas más. Mas sempre surpresas!

Os últimos tempos têm sido surpresa atrás de surpresa, todas elas que transformam a minha vida-novela um sucesso de audiências entre amigos, colegas e demais conhecidos. E estou a gostar (e muito!) desta minha vida-caixinha-de-surpresas. Hoje estou feliz! E amanhã?

07 fevereiro 2008

Vida-novela



Decidi aqui contar, por palavras, e não através de fotos os últimos episódios da minha vida-novela (infelizmente, não houve máquina fotográfica, logo não há registo deste momentos). As últimas duas semanas foram um rebuliço inacreditável.

Tudo corria normal, trabalho, casa, paródias, até a última quinta-feira, que me arrombaram a porta de casa à 1h da manhã e me levaram a bolsa, com mp3, pen drive, óculos de sol, agendas e… o telemóvel! Pois é, minha gente, pela quarta vez perdi o meu telemóvel e arrisco a dizer que, a este ritmo, ainda vou bater o recorde da Paulinha (desculpa, Paulinha ). Nunca levo o telemóvel para a noite para não o perder, mas mesmo assim… Acho que sou um caso perdido! Por isso, quando todos vocês receberem um toque de um 00238 … quer dizer que é o meu novo número. Não tenho a maior parte dos números, mas hei-de consegui-los.

Bom, cheguei a casa às 5h da manhã a casa, o meu senhorio explicou-me tudo o que aconteceu e lá fiquei eu, sozinha, à espera que amanhecesse para ir à PJ. Pela primeira vez nesta minha passagem por terras crioulas passou-me pela cabeça deixar isto. Foi, sem dúvida, o pior momento pelo qual alguma vez passei por cá. Mas aquilo que não nos mata, torna-nos mais fortes. E esta é uma das verdades da vida em que mais acredito. Desde o assalto que não consegui dormir mais em casa, então “mudei-me” para a casa dos meus queridos “paizinhos” e Gi.

Isto dos “kassubodis” (expressão “cash or body” crioulizada) na Praia já me está a dar nos nervos. A mim e a toda a gente, porque acho que só 0,0000001% da população que vive em Cabo Verde, e na Praia, em particular, ainda não foi vítima de um. Ao menos nunca me fizeram (graças a Deus!) como aconteceu ontem ao Kaunda de lhe porem uma navalha no pescoço…

E como a vida tem que se aproveitar apesar dos pesares lá fui à festa do Heavy H, que foi simplesmente fenomenal!! Foi tão sabi, mas tão sabi, que só cheguei a casa às 11h de domingo, com uma mudança a fazer pela frente. Nesse dia, reuni o pessoal e mudei-me para a frente da Esquadra de Polícia da Fazenda. Com guarda à porta e grades nas janelas, acho que não posso fazer muito mais pela minha segurança. O único probleminha é que desde domingo que ainda não consegui ter água em casa. Mas eu tenho fé que seja hoje!

A casa está longe de ser tão linda como a outra. Mas é bem maior (um T2!) e com o tempo há-de ganhar o seu encanto. Bom, depois de uma maratona no trabalho (na terça nem consegui ir ver o desfile na avenida), chegou a festa de Carnaval da Promohouse – mais festa, mais dança, mais maluqueira, mais máscaras e disfarces!). Seguiu-se o Dia de Cinzas, que passei na cama, interrompido por um lanche-almoçarado de peixe seco cozido e xérem.

E hoje cá estou eu, de volta ao trabalho, à espera que a minha água venha e que a Lizete (a minha “funcionária de limpeza”, não gosto da palavra empregada) vá lá a casa e dê um aspecto mais decente ao espaço. Planeio entretanto descansar um bocadinho deste rebuliço que tomou conta da minha vida.

Só espero que os próximo capítulos desta minha vida-novela sejam mais calminhos para bem da minha paz de espírito!