Sendo que o futebol vive da febre dos adeptos, o desfasamento dos horários da bola em relação àquilo que os adeptos querem é, no mínimo, injusto.
Prova disso foi a minha tarde de ontem. Fomos os cinco A1 abaixo, numa viagem interrompida pelo desvio até uma terrinha perto da Mealhada para o leitão (pelos vistos, é dado adquirido que as iguarias que caracterizam uma cidade são sempre melhores na periferia). E de repente, algures por Águeda, parecia que estavamos em Guimarães porque a fila que se formava à espera de mesa era feita só de rostos vimaranenses.
Rumo a Coimbra, cafés, roulotes de cachorros e bombas de gasolina borbulhavam de adeptos vitorianos. Depois de pouco mais de 90 minutos de sofrer a bom sofrer, o Vitória voltou a Guimarães com o almejado passaporte para o Jamor. A festa foi "tremendamente indiscritível".
Pelas 21h30, numa estação de serviço a norte os porta-bagagens serviam de mesa de piquenique e o parque de estacionamento estava transformado em recinto de festa. O convívio saudável, feliz, haveria de continuar no berço, onde mais de 4000 adeptos receberam a equipa.
Ontem não foi só o Vitória que ficou a ganhar. O comércio local conimbricense e as cidades circundantes fizeram um dia de greve à crise. O futebol de domingo à tarde não serve só para a alegria dos adeptos, serve também de balão de oxigénio para as economias locais.
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